Mulher, o Auge da Criação #MulheresComNovasIdeias


@keniasiqueira Não é de hoje que histórias de mulheres fortes passeiam pelas nossas vistas a fim de nos enriquecer, fortalecer ou ensinar algo. Principalmente quando se trata do Dia Internacional da Mulher, aí é que são mesmo incontáveis e incontestáveis a quantidade de testemunhos que podemos associar a esse extinto sexo frágil. Eu disse extinto porque elas são cada vez mais fortes, inclusive dentro de suas próprias limitações, onde se acostumaram a dar sempre um jeitinho de resolver impasses que, antes não poderiam fazer sozinhas.

Pois bem, há mais de dois mil anos atrás – é... Nesse tempo mesmo, onde as mulheres não podiam fazer muita coisa e nem se quer eram somadas ao número de pessoas para fim estatístico – o sexo feminino já estava bem representado por muitas que, independente da época e dificuldades que enfrentavam, sabiam exatamente a sua posição diante da sociedade.

No Cristianismo protestante, ao longo dos anos, a mulher, mesmo no meio de tanto fundamentalismo, tem conquistado seu espaço. Em nosso país, existem várias denominações que ordenam mulheres ao oficialato. Mas a verdade é que desde a criação até a vinda de Cristo, a personagem da mulher tem lugar de destaque na história.

Na Bíblia, por exemplo, há relatos de incríveis histórias sobre mulheres viúvas, prostitutas, enfermas, belas, corajosas, traidoras, misericordiosas, mães etc. O que não é diferente da realidade do mulherio atual. Continuamos a ser tudo isso! Mas é claro que os tempos são outros. O que não significa que a mulher deixou de se posicionar, se relacionar, de buscar desenvolver suas habilidades descobrindo sempre uma nova maneira de sobressair às dificuldades e de fazer a diferença. Dentre as muitas histórias bíblicas protagonizadas por mulheres, uma delas, citada em Lucas 8.43 - 48, me chama muito a atenção: A Mulher do Fluxo de Sangue. Havia uma mulher que sofria há 12 anos com um sangramento uterino anormal (ou fluxo de sangue, como diz a Bíblia), ela estava cansada e quase já sem esperança, fraca e solitária, reunindo as suas últimas energias em um esforço quase sobrenatural. Não encontramos na sua história nenhum parente dela, nenhuma amiga sequer. Nem mesmo o seu nome é mencionado, ela é conhecida apenas pelo nome do seu problema. Ela havia procurado ajuda na medicina, procurou os maiores especialistas de sua época, não mediu esforços, gastou tudo que tinha, mas não obteve nenhum resultado positivo. Além dos efeitos físicos que a doença proporcionava, ainda tinha que conviver com a discriminação, pois era considerada imunda e impossibilitada de viver em comunidade. No entanto, ela ouviu sobre Jesus e, mesmo extremamente fragilizada, debilitada física e emocionalmente, ela não se importou com a multidão que parecia um grande obstáculo. Pensava consigo. “Se eu tão somente tocar nas suas vestes serei curada”. Era real a sua fé, nada a fez desistir. Decidida e silenciosamente, foi ao encontro de Jesus. Sem que ninguém percebesse, se aproximou e tocou em suas vestes. No mesmo instante, percebeu que estava curada. Muitas pessoas esbarravam em Jesus, a multidão o comprimia, mas Jesus distinguiu o toque de fé. O interessante é que não foi Jesus quem a tocou, mas a mulher. Ao tocar em Suas vestes ela tocou o Seu coração e este toque mudou definitivamente a sua vida. Se a mulher tivesse fixado seus olhos na multidão, no preconceito, na sua fraqueza e impossibilidades o milagre não teria acontecido. Jesus, que até então parecia indiferente as necessidade e esforços daquela mulher, agora faz questão que toda aquela multidão tome conhecimento de sua fé. Carinhosamente Ele a chama de filha: “Filha a tua fé te salvou”.

Coragem, determinação, objetividade e fé. Assim como a mulher do fluxo de sangue nos tempos de Cristo, essas características também são de muitas mulheres louváveis em nossos dias, sejam elas cristãs ou não.

Se antes, éramos consideradas frágeis, incapazes, indefesas e submissas ao extremo, hoje, as mulheres podem se considerar o auge da criação, a obra prima de Deus.

O papel da mulher no Cristianismo e no mundo pode até ter sofrido alterações ao longo do tempo, mas o plano de Deus para ela não, nunca!

Kênia Siqueira @keniasiqueira é administradora do blog Se Parar pra Pensar

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