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Mostrando postagens de 2011

O Demônio e a Srta Prym

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Acabei de ler ontem O Demônio e a Srta Prym , do Paulo Coelho. Depois que li Verônica Decide Morrer ( veja aqui ) e supereri minha "paulocoelhofobia" resolvi conhecer outros títulos dele. E esse livro entrou também na minha lista dos melhores. Talvez seja ainda melhor que Verônika . O livro conta a história de um estrangeiro que chega à pequena cidade de Viscos, cidade fictícia que provavelmente fica na Europa - o autor não dá a localização da cidade, e ali se instala, ficando apenas uma semana. Vem acompanhado de um demônio que o persegue por anos, mas ninguém pode vê-lo, exceto a velha Berta, viúva da cidade que muitos juram ser uma bruxa. Na cidade ele conhece Chantal Prym, uma garçonete jovem e bonita que vive do salário baixo e das gorjetas que consegue dos clientes do bar do hotel onde trabalha. Única jovem da pequena cidade de 281 habitantes, Chantal leva uma vida simples: órfã de pai e mãe, trabalha, dorme com alguns clientes às vezes e sonha em um dia sair de Visc...

Veronika Decide Morrer

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Acabei de ler ontem Veronika Decide Morrer , do Paulo Coelho. Sim, para ler esse livro superei minha "paulocoelhofobia". Nunca tive o menor interesse em ler um livro dele, sempre por causa das opiniões de outras pessoas (daí nasce o preconceito...). Mas um dia, enquanto eu zapeava a TV em casa, vi um filme pela metade que me chamou a atenção. Continuei vendo e quando vi o nome me surpreendi, pois era o filme feito com base nesse livro. Sim, eu vi o filme antes do livro. Não costumo fazer isso, mas nesse caso foi acidental. Foi até melhor. Se eu não tivesse caído por acaso no filme provavelmente nunca teria lido o livro. E confesso: está entre os melhores que já li. O livro conta a história da jornalista eslovena Veronika, que um dia se cansou da vida sem sentido que leva como bibliotecária na cidade de Lubjana, e resolveu se suicidar com overdose de medicamentos. Mas o suicídio não deu certo e ela foi socorrida a tempo. Porém uma série de acontecimentos fizeram com que ela...

Orgulho e Preconceito

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Terminei de ler hoje um dos maiores livros da literatura inglesa, Orgulho e Preconceito , de Jane Austen, e de quebra ainda vi o filme de mesmo nome de Joe Wright. O livro conta, de forma espirituosa e irônica, a história de Elizabeth Bennet, a jovem de 20 anos e inteligente filha de Mr. e Ms Bennet, a segunda de cinco filhas, e de Fitzwillian Darcy, homem rico de Pemberley que se muda com o amigo Bingley para uma região próxima a Meryton, lugar onde moram os Bennet. Lizzy conhece Darcy num baile e suas personalidades contrastantes logo se encontram, causando repulsa um no outro: nele, por conta da condição social inferior e dos trejeitos estabanados da mãe dela, Ms Bennet, que vive de procurar casamento para as cinco filhas; nela, por conta do orgulho dele de se manter distante de todos os outros no baile, e de menosprezar a companhia dela. Mas, no decorrer do livro, Lizzy e Darcy percebem que um tem muito mais para conhecer no outro do que imaginam, e no fim as personalida...

"Senhora", de José de Alencar

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Acabei de ler Senhora , de José de Alencar. Por ser um livro escrito no século XIX, a leitura é difícil, mas a história é incrível. O livro conta a história de Aurélia Camargo, menina pobre do Rio de Janeiro que fica órfã, depois de já ter perdido o irmão por causa de uma doença e se vê sozinha no mundo. De repente, uma herança deixada pelo avô com quem teve pouco contato fez dela a menina mais rica do Rio de Janeiro, o que a fez ascender socialmente, tornando-a a mais invejada e cobiçada da cidade. Enquanto era pobre, namorou com Fernando Seixas, o único homem que amou de fato, mas que a trocou por Adelaide do Amaral, que era rica e lhe ofereceu um dote alto para casar-se com ele. Depois de rica, Aurélia mais que dobra o valor do dote de Adelaide para casar-se com Fernando, com uma única condição: durante a negociação, ele não deveria saber quem era a noiva. Ao descobrir que sua "prometida" era Aurélia, Fernando se alegra por casar com a moça que sempre amou, mas no dia d...

Renata Quer Voltar

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Renata mudou muito desde sua adolescência. Da menina bobinha que vivia amedrontada em igrejas, ela se tornara uma mulher articulada, inteligente, cabeça aberta e sempre pronta para o diálogo. Quando de seus 14, 15 anos, Renata desejou por várias vezes entender certas imposições que sua religião lhe fazia. Certas coisas que todos aceitavam de bom grado eram para ela verdadeiros absurdos. Como podia uma comunidade de pessoas quietas, aceitando tudo que lhes era imposto, sem sequer perguntar o por que? Mas Renata também não perguntava, pois se ao menos ousava questionar era taxada de baderneira, rebelde, herege, filha do diabo, e outros nomes típicos dos ambientes religiosos. Ela achava curioso que sua comunidade religiosa pregava absurdos e tomava o cuidado de criar sistemas de lavagem cerebral, impedindo que qualquer pessoa viesse questionar o que era falado nos microfones. Coisas como "não falem mal dos pregadores", "não duvidem da mensagem de Deus...

Nada é Pesado Quando Se tem Asas

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O texto abaixo foi o trecho de uma peça de teatro que assisti em 2010. A peça, chamada "Voando para o Alto", mescla trechos de um blog de poesias de uma escritora americana que existia na época com trechos do livro "Fernão Capelo Gaivota", de Richard Bach. O texto estava perdido nos rascunhos, mas representa tão bem o momento atual que estou vivendo que resolvi repostar. *** A pomba, que por medo do gavião, se recusasse a sair do ninho, já se teria perdido no próprio ato de fugir do gavião. Porque o medo lhe teria roubado aquilo que de mais precioso existe num pássaro: o voo. Quem, por medo do terrível, prefere o caminho prudente de fugir do risco, já nesse ato estará morto. Porque o medo lhe terá roubado aquilo que de mais precioso existe na vida humana: a capacidade de se arriscar para viver o que se ama. Mas logo o pequeno pássaro começará a ensaiar seus voos incertos. Agora não serão mais os braços do pai, arredondados num abraço, que irão defi...