Silêncio também é música

Imagine se numa orquestra todos tocassem o tempo inteiro juntos. Seria algo horrível de se ouvir! Já pensou trompetes com violoncelos, violinos com percussão, tubas e flautas, todos fazendo a mesma coisa ao mesmo tempo? Arre, não quero nem imaginar. Sabe o que faz da música algo agradável e magnífico? Sabe o que faz Mozart ser tão apreciado? Chopin ser tão aclamado? Villa Lobos estudado e seguido por milhares de jovens sonhadores? Não, não são os acordes bem escritos e pensados harmonicamente; não são as escalas desenhadas perfeitamente para aquele ou esse instrumento; não são os intervalos de terça, de quinta, que fazem o jogo de notas serem mais do que bolinhas pretas e brancas numa partitura; não são as expressões italianas que parecem fazer mágica ao marcarem mudanças de andamento tão sensíveis à audição; não é a mudança de um “ afetuoso ” para um “ agitato ”, ou de um “ cantabile ” para um “ scherzando ”; não, não é a mudança de compasso nem a armadura da clave, ne...