Renata Quer Voltar
Renata mudou muito desde sua adolescência. Da menina bobinha que vivia amedrontada em igrejas, ela se tornara uma mulher articulada, inteligente, cabeça aberta e sempre pronta para o diálogo. Quando de seus 14, 15 anos, Renata desejou por várias vezes entender certas imposições que sua religião lhe fazia. Certas coisas que todos aceitavam de bom grado eram para ela verdadeiros absurdos. Como podia uma comunidade de pessoas quietas, aceitando tudo que lhes era imposto, sem sequer perguntar o por que? Mas Renata também não perguntava, pois se ao menos ousava questionar era taxada de baderneira, rebelde, herege, filha do diabo, e outros nomes típicos dos ambientes religiosos. Ela achava curioso que sua comunidade religiosa pregava absurdos e tomava o cuidado de criar sistemas de lavagem cerebral, impedindo que qualquer pessoa viesse questionar o que era falado nos microfones. Coisas como "não falem mal dos pregadores", "não duvidem da mensagem de Deus...