Vocês pensaram que eu não ia falar da Anitta hoje?




Sim, sou um admirador da Anitta. Meus alunos de espanhol, que já tiveram que cantar algumas das músicas dela, sabem bem disso 😆 Não sou fã, pois o fã me lembra o "fanático", que acompanha e se sente no direito de opinar na vida pessoal do artista. Eu, no máximo sei o nome real dela, Larissa. Por mim ela pode pegar o ex da Piovani, jogador de futebol, até o Sílvio Santos, se ela quiser. Isso é a vida pessoal dela. 

O que admiro é o que eu chamo de "Marca Anitta", a forma como ela gerencia a própria carreira. Sem dúvidas, a Anitta hoje é um dos maiores cases de sucesso empresarial do Brasil, tanto que sempre é lembrada por publicações do meio empresarial, sempre é convidada para programas de TV que falam de negócios ou para eventos e palestras para empreendedores. Mais do que uma mulher que "só rebola a bunda" (uma bela de uma raba, diga-se de passagem 😉), a Anitta é inteligente, estrategista e sabe fazer dinheiro. Ouvi-la falando sobre o começo da carreira, sobre a teimosia dela em estar presente no meio dos principais nomes da música carioca quando ainda era só uma estagiária na Vale, da escolha entre investir na música ou ser efetivada no estágio, é perceber que certos princípios do sucesso empresarial podem ser aplicados em qualquer área, até mesmo no funk carioca. 






Pra quem tem a origem humilde que ela teve, estar onde está hoje é inspirador. Sem origem privilegiada nem qualquer aporte de nenhum parente rico (tipo uma certa especialista em finanças que diz ter começado do nada mas "ganhou" um carro zero e uma conta bancária cheia de números da tia quando completou 18 anos) nem ajuda de quem quer que seja, ela teve que subir sozinha cada degrau, um por um, com trabalho, conhecimento e esforço. É essa inspiração que ela me transmite. Não tem raba que tenha a força de levar uma mulher ao patamar que a Anitta alcançou. Isso é inteligência emocional e empresarial, estar antenada ao que acontece no mundo, dar a cara a tapa e não ter medo de fazer cagada. 

Do ponto de vista comercial, ela vende muito mais do que o sexismo e a hiperssexualização do corpo da mulher. Ela vende entretenimento, vende afirmação feminina, vende liberdade de ser a mulher que se quer ser, seja pura ou "piriguete". 

Goste dela ou não, goste das músicas dela ou não, não dá pra negar que ela é hoje o maior nome da música pop brasileira no exterior, fato esse conquistado aos poucos, com planejamento de marketing e de carreira. 

Resumindo: a Anitta é um mulherão da porra! 

E, pra concluir, você tem todo o direito de não gostar dela, da forma sexualizada como ela se apresenta, de a achar "vulgar", "mulher fácil" e etc. Mas você fica também automaticamente proibido de gostar de nomes como Shakira, Beyoncé, Usher, e de 90% do axé brasileiro, que tem a mesma essência das músicas da Anitta. Ou você mantém a coerência ou assume o preconceito.

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