Sim, nós podemos dominar o mundo!

Michelle Obama, Primeira-Dama dos EUA


Por Jannah Oliveira

Mulher. Palavra tão simples, mas cheia de ramificações tão complexas.

Sabe-se lá de onde veio de fato. Se da costela de Adão, ou se foi somente mais um ser que ultrapassou as teorias da Evolução e Seleção Natural de Darwin. E este ser continua a resistir com o passar dos séculos. E como resiste!

Desde a pré-história, quando na falta ou na perda de seu macho, ela tinha que enfrentar as feras de um mundo ainda tão desconhecido para alimentar suas crias que esperavam na caverna; na História Antiga, quando cultuada em sua feminilidade e beleza entre os deuses do Olimpo, ainda assim teve importância na evolução do pensamento filosófico e em outros ramos como a matemática; no período do Cristianismo, com mulheres que deram à luz homens que fizeram diferença na história; ainda em Roma, quando em torno dela foram estabelecidas a gravitas, a pietas e a simplicitas, virtudes essas que ainda persistem como características das mulheres "virtuosas"; na Idade Média, quando ela começou lentamente a conquistar o direito nas profissões e na propriedade dos feudos e da administração de negócios; desde a 'queima' de sutiãs, que mesmo intencional, representou um marco para a história da mulher.

Pouco a pouco, e sutilmente, a mulher foi mostrando sua cara para o mundo. Sutileza talvez, por ser uma própria característica do sexo. Na maioria das vezes ela não precisou sair correndo, matando, ou gritando. Se enveredou pelas portas que se abriam, e foi conquistando teritórios. Via de regra, pode-se pensar que a mulher substituiu funções, mas não. A visão da mulher moderna é de que ela deixou os cuidados do lar para trabalhar fora. Porém, se pararmos para pensar, ela na verdade acumulou funções. Aquelas mulheres que hoje administram multinacionais, que pilotam aviões, que fazem a segurança do país, ainda se preocupam com o filho, com o lar, com os afazeres que as esperam em casa, com ficar bonita para alguém.Uma característica genética: conseguimos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Coisas de mulher...

A mulher está em toda parte. Hoje temos mulheres governando grandes nações: Angela Merkel, primeira mulher chanceler alemã e principal voz na economia europeia; Dilma Roussef, primeira mulher eleita a posto de chefe de Estado e de Governo em toda a história do Brasil; Michelle Obama, esposa de um dos homens mais influentes no mundo atualmente e destaque por ter conquistado o posto de primeiro presidente negro dos Estados Unidos; entre muitas outras. Elas estão sim dominando o mundo, sutilmente. Talvez daqui a alguns anos não nos impressionemos mais com essa figura da mulher poderosa, tão comum ela tenha se tornado. Devagar a mulher está galgando um lugar que, acredito eu, seja todo seu de fato e de direito.

Ainda estabanada, ainda confusa, mesmo com uma imagem de guerreira forte e destemida, ainda precisa de carinho, ainda gosta de se sentir 'mulher'. Sim, porque mulher é um sentimento. E só nós sabemos como é.

Tenho 19 anos, alguns dizem que sou precoce, outros que sou à frente do meu tempo. Meu 'grito' de liberdade foi aos 16 anos, quando passei a morar sozinha numa cidade do interior do Maranhão. Aos 17 já estava morando junto com uma pessoa que tinha conhecido a muito menos de um mês (e com quem estou até hoje) em outro Estado totalmente desconhecido por mim, fazendo faculdade e marcando meu território. Desde muito pequena sempre tive minhas ambições e minha personalidade. Ainda me lembro como se fosse hoje, quando tinha 5 anos e o modo como enxergava o mundo. Hoje esse mundo se tornou MUITO maior, e eu quero cada vez mais abraçá-lo e explorá-lo. Assim como as muitas mulheres que escreveram seus nomes na história desse mesmo mundo, eu estou correndo atrás de uma caneta permanente para juntar meu nome ao delas. Estou agarrada a essa corrente. Eu quero dominar o meu mundo, e o nosso mundo.


Jannah Oliveira é maranhense e escreve no blog Toxic Girl
Facebook: Jannah Oliver

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